Por que somos tão ansiosos?

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Somos ou gostamos de pensar que somos a espécie mais inteligente. Mais do que qualquer outro animal, temos a capacidade de pensar racionalmente, para avaliar uma situação de modo realista e decidir sobre a melhor linha de ação. Por que então, somos tão controlados por ansiedade que são manifestações irracionais? Por que não podemos usar nossa maravilhosa inteligência humana para simplesmente ver que as coisas, em grande parte, ficarão bem?

Uma das características mais notáveis desse processo é que ele parece implacável. Quando somos dominados pela ansiedade, nossa mente parece funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, jamais descansando. Não conseguimos desligar nosso pensamento, ele simplesmente gera mais ansiedade, como uma máquina que liga/desliga, e está sempre ligado. A mente não para de tagarelar mesmo quando queremos dormir, relaxar ou simplesmente não fazer nada.

No mundo atual, a ansiedade configura-se como um dos grandes problemas de nosso tempo. Convivemos com a poluição de todos os tipos; a violência urbana nos deixa com a sensação de que algo ruim irá acontecer, não sabemos ao certo o que seja, mas ficamos com a impressão de que algo ronda o ar.
Temos a impressão de que estamos ligados em 220 volts. A agitação do dia a dia, no trabalho, com a família, o pouco tempo para realizar nossos compromissos causa um estado permanente de tensão. Esse estado permanente de tensão favorece o aparecimento da ansiedade, pois ela decorre da excessiva excitação do sistema nervoso central.

A ansiedade nos leva à inquietação, à ‘pré’ ocupação, angústia, intranquilidade, medo, esses itens proporcionam mais tensão e geram um círculo vicioso.
A pessoa ansiosa é apreensiva o tempo todo, tem dificuldade de concentração, de fazer associações, de reflexão e de memorização, é muito repetitiva, pois acredita que as outras pessoas têm dificuldade de concentração igual a ela.
Mas o que é ansiedade? A ansiedade é a falta de espaço interno para nós mesmos, ou seja, programamos mais atividade do que podemos suportar.
A dificuldade de refletir e fazer associações dificulta a pessoa ansiosa a estabelecer prioridades no seu dia a dia; ela vive em constante expectativa do outro, seja no contexto pessoal ou profissional.

Isto provoca muita turbulência interna, um estado confusional tanto energético quanto espiritual. Com isso a pessoa fica irritadiça, nervosa, esquece facilmente as coisas, é aquela pessoa que frequentemente esquece onde colocou a chave do carro, perde objetos, esquece de pagar as contas, tem dificuldade na concentração, e as relações são conflituosas.

Em termos energéticos, esse tipo de pessoa está com suas energias travadas, com o corpo sob tensão contínua.
Todo esse composto gera cansaço, desânimo, desesperança, pessimismo, mau humor, impaciência entre outras.

Então:
Você já sentiu aquele friozinho na barriga quando algo importante estava prestes a acontecer? Ou então sentiu o coração bater mais forte quando se aproximou de alguém especial? Esses são sintomas da ansiedade, um dos transtornos emocionais mais comuns atualmente. Ela pode ser apenas momentânea, mas, dependendo do grau, pode prejudicar as relações pessoais e até causar doenças.

Uma em cada quatro pessoas no mundo já sofreu de ansiedade pelo menos alguma vez na vida, segundo dados da Associação Mundial de Psiquiatria. “Com menos tempo para fazer suas atividades, as pessoas desenvolvem sintomas da ansiedade, como dificuldade para dormir, sono agitado, problemas alimentares (ou comem demais ou compulsivamente) e distúrbios de humor”.
Só para se ter uma ideia do tamanho do problema, um estudo realizado pelo World Health Mental Survey, órgão relacionado à Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou que 20% das pessoas que vivem em São Paulo têm ou já tiveram algum transtorno de ansiedade no último ano. O índice foi o mais alto entre 24 cidades de diversos países.

E pra resolver:
Para resolver o transtorno de ansiedade é necessário fazer um trabalho conosco mesmo, é um processo de revisão do que somos e de mudança.
Coloque no papel todas as suas atividades e analise se é humanamente possível fazê-las no dia.

Busque resolver os conflitos internos, viver no aqui e agora prestando atenção e sentindo todas as atividades executadas, modifique pensamentos, as relações de trabalho e as relações familiares.

Se a sua ansiedade é em razão das situações do dia a dia, é possível conseguir se livrar dela, conhecendo algumas questões sobre si mesmo e algumas técnicas de administração do tempo.
Para livrar-se da ansiedade, o primeiro tratamento é tentar, sozinho, mantê-la sob controle. Atitudes simples, como respirar fundo diante de uma situação ameaçadora, ou tentar ter mais autoconfiança podem ajudar.
Se a ansiedade não for leve, talvez seja preciso recorrer a tratamentos mais específicos. O mais comum é a psicoterapia, que tem resultados a longo prazo.
“A psicoterapia vai direto nas causas da ansiedade e procura fazer um tratamento lento e gradual, para revisar a vida do indivíduo até o trabalho se refletir em uma reconfiguração cerebral”.
Mas também existem tratamentos mais imediatos, que procuram induzir a pessoa a um relaxamento e incentivar a estimulação de circuitos cerebrais de prazer. A realidade virtual é um exemplo de tratamento. Ela expõe o indivíduo a uma situação virtual, que o ajude a se livrar dos pensamentos que causam a ansiedade. Essa melhora é refletida nas situações do dia a dia.

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