A Relação conjugal e seus desafios

0
486

A relação conjugal tem sido objeto de numerosos estudos e uma importante produção literária em diferentes ciências humanas, como psicologia, antropologia, teologia, sociologia, entre outras. Em alguns estudos, a relação conjugal é normalmente entendida como um processo organizacional complexo, contínuo e dinâmico entre duas individualidades que constroem uma identidade conjugal.

Indivíduos na relação conjugal referem-se aos elementos de cada pessoa que compõe este relacionamento. Eles são pessoas únicas e irrespeitáveis  com seus desejos, seus significados, suas singularidades e diferentes experiências culturais históricas, com suas formas de sui generis para conceber a realidade, que vêm de estruturas e dinâmicas de família distintas. Eles se referem à intenção, desejo e compromisso de constituir um compromisso de viver juntos e construir as experiências diárias em conjunto.

No estabelecimento da relação conjugal, não há incorporação de individualidade, mas o entrelaçamento da individualidade de cada cônjuge – “uma junção dos “Eus “na relação” através de negociações, resignação e reconciliação de desejos e expectativas individuais, isto é, Uma construção contínua do relacionamento a dois, considerando a individualidade de cada membro do casal, o que só é possível porque o casal leva a si mesmos um elemento comum: a humanidade. Portanto, há uma unidade da humanidade que possibilita a reunião individual e a formação de um link, uma conformidade, de uma identidade, uma relação conjugal e um “nó”, com consideração e satisfação da influência de diferentes e impactos culturais.

Na humanidade dos cônjuges, as individualidades dizem respeito e formam uma nova realidade intersubjetiva, que é a mesma relação entre os cônjuges, ou seja, um “Nó” em movimento contínuo e progressivo. Portanto, uma relação é vista como uma terceira realidade, gerada pela interação comum das realidades individuais de toda pessoa humana que forma o casal, com opiniões de um projeto comum. A formação de um “nos” conjugal não é uma relação dupla consistindo de uma junção ou justaposição de dois indivíduos que estão em um espaço comum, mas de uma relação entre pessoas que exigem pertencimento, proximidade e intimidade, com o objetivo de construir vida. Na medida em que as pessoas, como um par em sua individualidade, referem-se, são geradas coisas, proximidade, intimidade e são muitas vezes estimuladas pela semelhança e/ou desacordo entre eles e uma prática ocorre (reflexão e ação) que possibilita emergir da relação conjugal.

Em outras palavras, a relação conjugal é marcada por um aspecto da complexidade, instabilidade e intersubjetividade, uma vez que não é mais concebido como uma estrutura mecânica co-responsável e é entendida como sistemas intersubjetivos compostos por agentes conscientes e intencionais, inseridos em um contexto particular. Em que eles próprios e seus arredores, em uma interação comunicativa permanente e na construção de significados. Portanto, no relacionamento matrimonial é todo o fascínio e toda a dificuldade de ser um casal, um ato dramático e instável de duas pessoas diferentes com a demanda pela criação de uma realidade comum de interação, uma identidade relacionada conjugal, é dizer, um relacionamento. Isso envolve tensão entre as individualidades e valores compartilhados, posturas e cuidados.

De fato, a relação conjugada não é uma realidade simples e muito menos linear e não pode ser entendida por um “protocolo matematizável” por métodos de separação e redução de fenômenos. É uma realidade complexa, instável e intersubjetiva, uma vez que é formada pela múltipla e diferentes interações contínuas entre os casais na própria relação conjugal e com o contexto sócio-histórico, cultural e econômico em que são inseridos.

Na realidade brasileira, a construção da relação conjugal é ainda mais complexa e instável, bem como um paciente multiforme na intersubjetividade dos casais, como coexistem com vários fatores de complicação e estressante, socioeconômico, político e social, que tendem a influenciar, enfraquecendo e desafiando a experiência conjugal na dinâmica de acolhimento, aceitando e integrando a unidade e a dualidade ao longo do relacionamento. Em particular, desemprego, dependência de álcool e drogas, violência familiar, precariedade de habitação e especificações étnicas, culturais e religiosas.

Considere a complexidade, a instabilidade e a intersubjetividade do relacionamento conjugal significa que os “nós” construídos pelo casal não são reduzidos às suas individualidades, mesmo dependendo deles. O relacionamento não é na soma das individualidades, mas é um processo compartilhado e contínuo para dois que forma uma terceira realidade, isto é, o relacionamento conjugal. Permite a interação e geração de um elo relacional afetivo e eficaz, favorecendo que o casal, inserido em seu contexto sociocultural, assume, com certa disposição e compromisso, uma relação de intimidade e coexistência nas diversas experiências diárias, tendo em vista projeto. De estabilidade e continuidade comuns.

A construção da relação conjugal assume que cada membro do casal traz suas experiências, seus esquemas e concepções, bem como seus ideais e crenças, o que pode ser ativo ou latente. Os elementos individuais, de fato, influenciarão a vida do casal, dependendo do grau de participação das pessoas mais primitivas, esquemas e adaptabilidade. De qualquer forma, a relação conjugal será construída a partir da soma de habilidades individuais, estabelecendo um clima de cooperação e cumplicidade que fortalecerá a permanência do duo conjugal e, também, de cada pessoa, que pode ser satisfatória e direcionada ao crescimento. Por outro lado, quando a eleição é baseada em descrever e impondo esquemas, a relação será construída de maneira perturbada e repetitiva, tendendo a fortalecer esquemas nocivos e pensamentos distorcidos em relação à vida conjugal, que gera um clima de insatisfação e conflito, crônica.

Uma relação à dois em última análise, não e tarefa tão simples quanto parece, envolve muito aspectos individuais de formação de história de cada uma das partes envolvidas. Predispõem cada indivíduo, passar pelas primeiras fases de adaptação e rever todos os dias aspectos de seu contrato. Sim isto mesmo, contrato, do que das pessoas se escolherem para enfim formar um casal um dia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui