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A Relação conjugal e seus desafios

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A relação conjugal tem sido objeto de numerosos estudos e uma importante produção literária em diferentes ciências humanas, como psicologia, antropologia, teologia, sociologia, entre outras. Em alguns estudos, a relação conjugal é normalmente entendida como um processo organizacional complexo, contínuo e dinâmico entre duas individualidades que constroem uma identidade conjugal.

Indivíduos na relação conjugal referem-se aos elementos de cada pessoa que compõe este relacionamento. Eles são pessoas únicas e irrespeitáveis  com seus desejos, seus significados, suas singularidades e diferentes experiências culturais históricas, com suas formas de sui generis para conceber a realidade, que vêm de estruturas e dinâmicas de família distintas. Eles se referem à intenção, desejo e compromisso de constituir um compromisso de viver juntos e construir as experiências diárias em conjunto.

No estabelecimento da relação conjugal, não há incorporação de individualidade, mas o entrelaçamento da individualidade de cada cônjuge – “uma junção dos “Eus “na relação” através de negociações, resignação e reconciliação de desejos e expectativas individuais, isto é, Uma construção contínua do relacionamento a dois, considerando a individualidade de cada membro do casal, o que só é possível porque o casal leva a si mesmos um elemento comum: a humanidade. Portanto, há uma unidade da humanidade que possibilita a reunião individual e a formação de um link, uma conformidade, de uma identidade, uma relação conjugal e um “nó”, com consideração e satisfação da influência de diferentes e impactos culturais.

Na humanidade dos cônjuges, as individualidades dizem respeito e formam uma nova realidade intersubjetiva, que é a mesma relação entre os cônjuges, ou seja, um “Nó” em movimento contínuo e progressivo. Portanto, uma relação é vista como uma terceira realidade, gerada pela interação comum das realidades individuais de toda pessoa humana que forma o casal, com opiniões de um projeto comum. A formação de um “nos” conjugal não é uma relação dupla consistindo de uma junção ou justaposição de dois indivíduos que estão em um espaço comum, mas de uma relação entre pessoas que exigem pertencimento, proximidade e intimidade, com o objetivo de construir vida. Na medida em que as pessoas, como um par em sua individualidade, referem-se, são geradas coisas, proximidade, intimidade e são muitas vezes estimuladas pela semelhança e/ou desacordo entre eles e uma prática ocorre (reflexão e ação) que possibilita emergir da relação conjugal.

Em outras palavras, a relação conjugal é marcada por um aspecto da complexidade, instabilidade e intersubjetividade, uma vez que não é mais concebido como uma estrutura mecânica co-responsável e é entendida como sistemas intersubjetivos compostos por agentes conscientes e intencionais, inseridos em um contexto particular. Em que eles próprios e seus arredores, em uma interação comunicativa permanente e na construção de significados. Portanto, no relacionamento matrimonial é todo o fascínio e toda a dificuldade de ser um casal, um ato dramático e instável de duas pessoas diferentes com a demanda pela criação de uma realidade comum de interação, uma identidade relacionada conjugal, é dizer, um relacionamento. Isso envolve tensão entre as individualidades e valores compartilhados, posturas e cuidados.

De fato, a relação conjugada não é uma realidade simples e muito menos linear e não pode ser entendida por um “protocolo matematizável” por métodos de separação e redução de fenômenos. É uma realidade complexa, instável e intersubjetiva, uma vez que é formada pela múltipla e diferentes interações contínuas entre os casais na própria relação conjugal e com o contexto sócio-histórico, cultural e econômico em que são inseridos.

Na realidade brasileira, a construção da relação conjugal é ainda mais complexa e instável, bem como um paciente multiforme na intersubjetividade dos casais, como coexistem com vários fatores de complicação e estressante, socioeconômico, político e social, que tendem a influenciar, enfraquecendo e desafiando a experiência conjugal na dinâmica de acolhimento, aceitando e integrando a unidade e a dualidade ao longo do relacionamento. Em particular, desemprego, dependência de álcool e drogas, violência familiar, precariedade de habitação e especificações étnicas, culturais e religiosas.

Considere a complexidade, a instabilidade e a intersubjetividade do relacionamento conjugal significa que os “nós” construídos pelo casal não são reduzidos às suas individualidades, mesmo dependendo deles. O relacionamento não é na soma das individualidades, mas é um processo compartilhado e contínuo para dois que forma uma terceira realidade, isto é, o relacionamento conjugal. Permite a interação e geração de um elo relacional afetivo e eficaz, favorecendo que o casal, inserido em seu contexto sociocultural, assume, com certa disposição e compromisso, uma relação de intimidade e coexistência nas diversas experiências diárias, tendo em vista projeto. De estabilidade e continuidade comuns.

A construção da relação conjugal assume que cada membro do casal traz suas experiências, seus esquemas e concepções, bem como seus ideais e crenças, o que pode ser ativo ou latente. Os elementos individuais, de fato, influenciarão a vida do casal, dependendo do grau de participação das pessoas mais primitivas, esquemas e adaptabilidade. De qualquer forma, a relação conjugal será construída a partir da soma de habilidades individuais, estabelecendo um clima de cooperação e cumplicidade que fortalecerá a permanência do duo conjugal e, também, de cada pessoa, que pode ser satisfatória e direcionada ao crescimento. Por outro lado, quando a eleição é baseada em descrever e impondo esquemas, a relação será construída de maneira perturbada e repetitiva, tendendo a fortalecer esquemas nocivos e pensamentos distorcidos em relação à vida conjugal, que gera um clima de insatisfação e conflito, crônica.

Uma relação à dois em última análise, não e tarefa tão simples quanto parece, envolve muito aspectos individuais de formação de história de cada uma das partes envolvidas. Predispõem cada indivíduo, passar pelas primeiras fases de adaptação e rever todos os dias aspectos de seu contrato. Sim isto mesmo, contrato, do que das pessoas se escolherem para enfim formar um casal um dia.

Por que somos tão ansiosos?

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Somos ou gostamos de pensar que somos a espécie mais inteligente. Mais do que qualquer outro animal, temos a capacidade de pensar racionalmente, para avaliar uma situação de modo realista e decidir sobre a melhor linha de ação. Por que então, somos tão controlados por ansiedade que são manifestações irracionais? Por que não podemos usar nossa maravilhosa inteligência humana para simplesmente ver que as coisas, em grande parte, ficarão bem?

Uma das características mais notáveis desse processo é que ele parece implacável. Quando somos dominados pela ansiedade, nossa mente parece funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, jamais descansando. Não conseguimos desligar nosso pensamento, ele simplesmente gera mais ansiedade, como uma máquina que liga/desliga, e está sempre ligado. A mente não para de tagarelar mesmo quando queremos dormir, relaxar ou simplesmente não fazer nada.

No mundo atual, a ansiedade configura-se como um dos grandes problemas de nosso tempo. Convivemos com a poluição de todos os tipos; a violência urbana nos deixa com a sensação de que algo ruim irá acontecer, não sabemos ao certo o que seja, mas ficamos com a impressão de que algo ronda o ar.
Temos a impressão de que estamos ligados em 220 volts. A agitação do dia a dia, no trabalho, com a família, o pouco tempo para realizar nossos compromissos causa um estado permanente de tensão. Esse estado permanente de tensão favorece o aparecimento da ansiedade, pois ela decorre da excessiva excitação do sistema nervoso central.

A ansiedade nos leva à inquietação, à ‘pré’ ocupação, angústia, intranquilidade, medo, esses itens proporcionam mais tensão e geram um círculo vicioso.
A pessoa ansiosa é apreensiva o tempo todo, tem dificuldade de concentração, de fazer associações, de reflexão e de memorização, é muito repetitiva, pois acredita que as outras pessoas têm dificuldade de concentração igual a ela.
Mas o que é ansiedade? A ansiedade é a falta de espaço interno para nós mesmos, ou seja, programamos mais atividade do que podemos suportar.
A dificuldade de refletir e fazer associações dificulta a pessoa ansiosa a estabelecer prioridades no seu dia a dia; ela vive em constante expectativa do outro, seja no contexto pessoal ou profissional.

Isto provoca muita turbulência interna, um estado confusional tanto energético quanto espiritual. Com isso a pessoa fica irritadiça, nervosa, esquece facilmente as coisas, é aquela pessoa que frequentemente esquece onde colocou a chave do carro, perde objetos, esquece de pagar as contas, tem dificuldade na concentração, e as relações são conflituosas.

Em termos energéticos, esse tipo de pessoa está com suas energias travadas, com o corpo sob tensão contínua.
Todo esse composto gera cansaço, desânimo, desesperança, pessimismo, mau humor, impaciência entre outras.

Então:
Você já sentiu aquele friozinho na barriga quando algo importante estava prestes a acontecer? Ou então sentiu o coração bater mais forte quando se aproximou de alguém especial? Esses são sintomas da ansiedade, um dos transtornos emocionais mais comuns atualmente. Ela pode ser apenas momentânea, mas, dependendo do grau, pode prejudicar as relações pessoais e até causar doenças.

Uma em cada quatro pessoas no mundo já sofreu de ansiedade pelo menos alguma vez na vida, segundo dados da Associação Mundial de Psiquiatria. “Com menos tempo para fazer suas atividades, as pessoas desenvolvem sintomas da ansiedade, como dificuldade para dormir, sono agitado, problemas alimentares (ou comem demais ou compulsivamente) e distúrbios de humor”.
Só para se ter uma ideia do tamanho do problema, um estudo realizado pelo World Health Mental Survey, órgão relacionado à Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou que 20% das pessoas que vivem em São Paulo têm ou já tiveram algum transtorno de ansiedade no último ano. O índice foi o mais alto entre 24 cidades de diversos países.

E pra resolver:
Para resolver o transtorno de ansiedade é necessário fazer um trabalho conosco mesmo, é um processo de revisão do que somos e de mudança.
Coloque no papel todas as suas atividades e analise se é humanamente possível fazê-las no dia.

Busque resolver os conflitos internos, viver no aqui e agora prestando atenção e sentindo todas as atividades executadas, modifique pensamentos, as relações de trabalho e as relações familiares.

Se a sua ansiedade é em razão das situações do dia a dia, é possível conseguir se livrar dela, conhecendo algumas questões sobre si mesmo e algumas técnicas de administração do tempo.
Para livrar-se da ansiedade, o primeiro tratamento é tentar, sozinho, mantê-la sob controle. Atitudes simples, como respirar fundo diante de uma situação ameaçadora, ou tentar ter mais autoconfiança podem ajudar.
Se a ansiedade não for leve, talvez seja preciso recorrer a tratamentos mais específicos. O mais comum é a psicoterapia, que tem resultados a longo prazo.
“A psicoterapia vai direto nas causas da ansiedade e procura fazer um tratamento lento e gradual, para revisar a vida do indivíduo até o trabalho se refletir em uma reconfiguração cerebral”.
Mas também existem tratamentos mais imediatos, que procuram induzir a pessoa a um relaxamento e incentivar a estimulação de circuitos cerebrais de prazer. A realidade virtual é um exemplo de tratamento. Ela expõe o indivíduo a uma situação virtual, que o ajude a se livrar dos pensamentos que causam a ansiedade. Essa melhora é refletida nas situações do dia a dia.

Suicídio na Adolescência

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Suicídio na Adolescência

A morte é temida pela maioria das pessoas; entretanto, pode ser considerada como um alívio para aqueles que não encontram alternativas para seus problemas, e buscam, por meio de comportamentos autodestrutivos, acabar com a própria vida. Por ser um período de desenvolvimento marcado por diversas modificações biológicas, psicológicas e sociais que, geralmente, são acompanhadas de conflitos e angústias, tem-se observado, nas últimas décadas, um crescimento no comportamento suicida entre jovens. A idade de 15 anos é considerada crítica para manifestações de comportamento suicida na adolescência. As estatísticas sobre o suicídio são falhas e subestimadas, principalmente com relação aos adolescentes, visto que seus atos autodestrutivos são, muitas vezes, negados e escondidos pela família. Classificado como “causas externas”, o suicídio entre adolescentes jovens é pouco investigado, vez que sua etiologia é complexa e envolve, além de fatores biológicos e psicológicos, o contexto socioeconômico. Uma vez que a maioria das pesquisas referentes à ideação suicida e tentativa de suicídio utiliza amostras clínicas, buscamos identificar, na literatura, pesquisas e clínica, que apresentam a prevalência e fatores associados à ideação suicida na adolescência.

 

Comportamento suicida

Todo e qualquer ato por meio do qual uma pessoa causa lesão a si própria, independente do grau de letalidade, é considerado comportamento suicida. O comportamento suicida classifica-se em três categorias distintas: ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio consumado. A ideação suicida fica em um dos extremos, o suicídio consumado no outro e a tentativa de suicídio entre eles. A palavra suicídio deriva etimologicamente do latim sui (si mesmo) e caedes (ação de matar) e significa uma morte intencional autoinfligida. Relatos apontam que o comportamento suicida existe desde os tempos mais antigos da humanidade, tendo mudado apenas a forma como esse ato é encarado. Os principais fatores associados ao suicídio são: tentativas anteriores de suicídio, doenças mentais (principalmente depressão e abuso/dependência de álcool e drogas), ausência de apoio social, histórico de suicídio na família, forte intenção suicida, eventos estressantes e características sociais e demográficas, tais como pobreza, desemprego e baixo nível educacional. Embora não exista uma definição única aceitável, o suicídio implica necessariamente um desejo consciente de morrer e a noção clara do que o ato executado pode resultar. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstram que a frequência do suicídio está se deslocando dos idosos para os mais jovens. A maioria dos suicídios ocorre entre crianças maiores de 14 anos, principalmente no início da adolescência, entretanto, está ocorrendo, em alguns países, um aumento alarmante nos suicídios entre crianças menores de 15 anos, bem como na faixa etária dos 15 aos 19 anos (OMS, 2000). A tentativa de suicídio é o ato sem resultado letal no qual o indivíduo deliberadamente causa danos a si mesmo, Ideação suicida se refere aos pensamentos de autodestruição e ideias suicidas, englobando desejos, atitudes e planos que o indivíduo tem para dar fim à própria vida. Ter pensamentos suicidas uma vez ou outra não é anormal, vez que estes pensamentos fazem parte do processo de desenvolvimento normal da passagem da infância para a adolescência, à medida que se lida com problemas existenciais e se está tentando compreender a vida, a morte e o significado da existência (OMS, 2000). A adolescência é uma fase em que ocorrem modificações psicológicas, físicas e sociais, sendo comum, nessa fase, acontecerem movimentos de dependência e independência extrema, caracterizando um período de contradições, conflitos e ambivalências. No entanto, muitos dos comportamentos atípicos manifestados pelos adolescentes podem ser apenas uma busca de sua identidade, sendo naturalmente superados. Os pensamentos suicidas tornam-se anormais quando a realização destes parece ser a única solução dos problemas para as crianças e os adolescentes, tornando-se, então, um sério risco de tentativa de suicídio ou suicídio (OMS, 2000). A intensidade desses pensamentos, sua profundidade, bem como o contexto em que surgem e a impossibilidade de desligar-se deles é que são fatores que distinguem um jovem saudável de um que se encontra à margem de uma crise suicida. O desejo de morrer é considerado “o portal” do comportamento autodestrutivo, que representa a inconformidade e a insatisfação do indivíduo com seu modo de vida no momento atual, e se manifesta em frases como: a vida não vale a pena ser vivida; o que deveria fazer é morrer; entre outras. A ideação suicida pode ser considerada um fator de risco para o suicídio efetivo, junto com a depressão e a desesperança não podendo, portanto, ser menosprezada. Atitudes de arrogância e enfrentamento, que procuram demonstrar muita força interior, na realidade, pode ser um pedido de ajuda, de limites, de carinho, de expressão de dúvidas e angústias. É preciso ter conhecimento atualizado e sistematizado da frequência de ideação suicida e das tentativas de suicídio, bem como do número de suicídios completos, com vistas a elaborar programas de prevenção. A ideação suicida prediz o ato, fazendo-se necessário não só a detecção precoce desses pensamentos, mas, também, um maior entendimento sobre as causas do seu surgimento e as características peculiares desse período.

Analisando os dados obtidos nota-se que, nas últimas décadas, houve um crescimento na ocorrência de suicídio na fase da adolescência. Considerado um sério problema de saúde pública, o suicídio na adolescência traz consequências negativas não só para a família da vítima, mas também para o meio social no qual o adolescente está inserido. Os estudos indicam que as prováveis motivações para a ideação suicida (histórico de suicídio na família, transtornos mentais, exposição à violência, abuso de álcool e drogas, conflitos familiares) tendem a ser constante nos adolescentes. A presença de sintomas depressivos destacou-se como um importante fator de risco para a ideação suicida, Os estudos analisados corroboram as informações, mencionadas na literatura especializada, que salientam que os adolescentes do sexo feminino apresentam taxas mais elevadas de ideação suicida que os do sexo masculino. Este fato pode ser explicado em razão de a mulher ser mais vulnerável a transtornos como depressão e ansiedade, fatores estes que afetam fortemente a ideação suicida. Desta forma, e importante salientar um alerta para as pessoas que passam por este problema, ou de identificam de alguma maneira com estas informações, de buscar ajuda profissional, pois, nem sempre a pessoa afetada, não incorre em falta de vontade de melhorar, mas considerar que muitas vezes incapazes naquele momento de dar conta, e controlar coisas que não conseguimos ou não temos alcance, e lidar com nossas emoções.

Ansiedade um mal do século

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Ansiedade um mal do século

Você já sentiu aquele friozinho na barriga quando algo importante estava prestes a acontecer? Ou então sentiu o coração bater mais forte quando se aproximou de alguém especial? Esses são sintomas da ansiedade, um dos transtornos emocionais mais comuns atualmente. Ela pode ser apenas momentânea, mas, dependendo do grau, pode prejudicar as relações pessoais e até causar doenças.

Uma em cada quatro pessoas no mundo já sofreu de ansiedade pelo menos alguma vez na vida, segundo dados da Associação Mundial de Psiquiatria. O doutor em psicologia Adriano Jardim considera o problema um dos males do século. “Com menos tempo para fazer suas atividades, as pessoas desenvolvem sintomas da ansiedade, como dificuldade para dormir, sono agitado, problemas alimentares (ou comem demais ou compulsivamente) e distúrbios de humor”, explica o psicólogo.

Só para se ter uma ideia do tamanho do problema, um estudo realizado pelo World Health Mental Survey, órgão relacionado à Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou que 20% das pessoas que vivem em São Paulo têm ou já tiveram algum transtorno de ansiedade no último ano. O índice foi o mais alto entre 24 cidades de diversos países.

O estudante e músico, Igor D’Almeida sabe muito bem o que é a ansiedade. Ele conta que, quando sabe que vai tocar em um show importante, fica tão ansioso, que às vezes até passa mal.

“Já tive muita dor de cabeça por ansiedade e minhas mãos já descascaram em véspera de show. Para você ter uma ideia, vou tocar no dia 6 de junho e já estou ansioso”, conta.

Causas

Os motivos que provocam o início de um transtorno ansioso podem ser muitos. O contato com alguma situação ameaçadora, um trauma, o excesso de atividades para cumprir, a insegurança e até motivos fictícios podem ser um gatilho para o problema.

Passar por momentos de ansiedade é normal, afinal essa é uma forma de o corpo reagir a situações que ele considera ameaçadoras. O problema é quando essa preocupação torna-se crônica, gera preocupação excessiva e prejudica as relações sociais, afetivas e profissionais. Ela pode, por exemplo, se desenvolver e tornar-se um transtorno de pânico, ou uma ansiedade generalizada.

Pesquisas mostram que manter-se sob controle é fundamental para diminuir os riscos do desenvolvimento de outras doenças. Um estudo recente da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, comprovou que, em animais, a angústia colaborou para o aparecimento de tumores. A justificativa é a de que ela costuma vir acompanhada do estresse, que prejudica o sistema imunológico do corpo.

Tratamentos

Para livrar-se da ansiedade, o primeiro tratamento é tentar, sozinho, mantê-la sob controle. Atitudes simples, como respirar fundo diante de uma situação ameaçadora, ou tentar ter mais autoconfiança podem ajudar.

 

A estudante Luciana Moraes, 24 anos, encontrou nos livros de autoajuda e no reiki a solução para a sua ansiedade.

Foi o que fez a estudante Luciana Moraes, 24 anos. Ela conta que, desde a infância, passava por momentos de ansiedade. “Quando eu era criança e tinha uma excursão da escola, por exemplo, às vezes eu perdia o sono. Também ficava ansiosa com as coisas importantes que estavam para acontecer, como uma prova ou algum evento”, diz.

Ela conta que um conjunto de fatores ajudou-a a superar a ansiedade. “Com o tempo, eu amadureci, mudei meu pensamento e ganhei mais confiança em mim. Eu também fiz sessões de reiki e procurei algumas leituras de autoajuda, para eu me centrar mais e melhorar”, conta.

Se a ansiedade não for leve, como a de Luciana, talvez seja preciso recorrer a tratamentos mais específicos. O mais comum é a psicoterapia, que tem resultados a longo prazo.

“A psicoterapia vai direto nas causas da ansiedade e procura fazer um tratamento lento e gradual, para revisar a vida do indivíduo até o trabalho se refletir em uma reconfiguração cerebral”, explica o psicólogo.

Mas também existem tratamentos mais imediatos, que procuram induzir a pessoa a um relaxamento e incentivar a estimulação de circuitos cerebrais de prazer. A realidade virtual é um exemplo de tratamento. Ela expõe o indivíduo a uma situação virtual, que o ajude a se livrar dos pensamentos que causam a ansiedade. Essa melhora é refletida nas situações do dia a dia.

Outra ferramenta importante de combate à ansiedade é o neurofeedback. Nesse tratamento, o cérebro do paciente é treinado para adotar um novo padrão de funcionamento. Assim, a pessoa passa a não reagir de forma ansiosa às situações em que normalmente lhe causariam uma crise.

 

No mundo atual, a ansiedade configura-se como um dos grandes problemas de nosso tempo. Convivemos com a poluição de todos os tipos; a violência urbana nos deixa com a sensação de que algo ruim irá acontecer, não sabemos ao certo o que seja, mas ficamos com a impressão de que algo ronda o ar.
Temos a impressão de que estamos ligados em 220 volts. A agitação do dia a dia, no trabalho, com a família, o pouco tempo para realizar nossos compromissos causa um estado permanente de tensão. Esse estado permanente de tensão favorece o aparecimento da ansiedade, pois ela decorre da excessiva excitação do sistema nervoso central.

A ansiedade nos leva à inquietação, à ‘pré’ ocupação, angústia, intranquilidade, medo, esses itens proporcionam mais tensão e geram um círculo vicioso.
A pessoa ansiosa é apreensiva o tempo todo, tem dificuldade de concentração, de fazer associações, de reflexão e de memorização, é muito repetitiva, pois acredita que as outras pessoas têm dificuldade de concentração igual a ela.
Mas o que é ansiedade? A ansiedade é a falta de espaço interno para nós mesmos, ou seja, programamos mais atividade do que podemos suportar.
A dificuldade de refletir e fazer associações dificulta a pessoa ansiosa a estabelecer prioridades no seu dia a dia; ela vive em constante expectativa do outro, seja no contexto pessoal ou profissional.

No âmbito espiritual, a ansiedade traz muitas consequências. Uma delas é a aproximação de espíritos que estão nesse mesmo padrão emocional.
Isto provoca muita turbulência interna, um estado confusional tanto energético quanto espiritual. Com isso a pessoa fica irritadiça, nervosa, esquece facilmente as coisas, é aquela pessoa que frequentemente esquece onde colocou a chave do carro, perde objetos, esquece de pagar as contas, tem dificuldade na concentração, e as relações são conflituosas.

Em termos energéticos, esse tipo de pessoa está com suas energias travadas, com o corpo sob tensão contínua.
Todo esse composto gera cansaço, desânimo, desesperança, pessimismo, mau humor, impaciência entre outras.
Para resolver o transtorno de ansiedade é necessário fazer um trabalho conosco mesmo, é um processo de revisão do que somos e de mudança.
Coloque no papel todas as suas atividades e analise se é humanamente possível fazê-las no dia.
Busque resolver os conflitos internos, viver no aqui e agora prestando atenção e sentindo todas as atividades executadas, modifique pensamentos, as relações de trabalho e as relações familiares.

Se a sua ansiedade é em razão das situações do dia a dia, é possível conseguir se livrar dela, conhecendo algumas questões sobre si mesmo e algumas técnicas de administração do tempo.
Entretanto, se for uma ansiedade crônica você não consegue sair disso sozinho. É preciso ajuda de um profissional especializado, um psicólogo, médico ou um psicanalista.