A relação conjugal tem sido objeto de numerosos estudos e uma importante produção literária em diferentes ciências humanas, como psicologia, antropologia, teologia, sociologia, entre outras. Em alguns estudos, a relação conjugal é normalmente entendida como um processo organizacional complexo, contínuo e dinâmico entre duas individualidades que constroem uma identidade conjugal.
Indivíduos na relação conjugal referem-se aos elementos de cada pessoa que compõe este relacionamento. Eles são pessoas únicas e irrespeitáveis com seus desejos, seus significados, suas singularidades e diferentes experiências culturais históricas, com suas formas de sui generis para conceber a realidade, que vêm de estruturas e dinâmicas de família distintas. Eles se referem à intenção, desejo e compromisso de constituir um compromisso de viver juntos e construir as experiências diárias em conjunto.
No estabelecimento da relação conjugal, não há incorporação de individualidade, mas o entrelaçamento da individualidade de cada cônjuge – “uma junção dos “Eus “na relação” através de negociações, resignação e reconciliação de desejos e expectativas individuais, isto é, Uma construção contínua do relacionamento a dois, considerando a individualidade de cada membro do casal, o que só é possível porque o casal leva a si mesmos um elemento comum: a humanidade. Portanto, há uma unidade da humanidade que possibilita a reunião individual e a formação de um link, uma conformidade, de uma identidade, uma relação conjugal e um “nó”, com consideração e satisfação da influência de diferentes e impactos culturais.
Na humanidade dos cônjuges, as individualidades dizem respeito e formam uma nova realidade intersubjetiva, que é a mesma relação entre os cônjuges, ou seja, um “Nó” em movimento contínuo e progressivo. Portanto, uma relação é vista como uma terceira realidade, gerada pela interação comum das realidades individuais de toda pessoa humana que forma o casal, com opiniões de um projeto comum. A formação de um “nos” conjugal não é uma relação dupla consistindo de uma junção ou justaposição de dois indivíduos que estão em um espaço comum, mas de uma relação entre pessoas que exigem pertencimento, proximidade e intimidade, com o objetivo de construir vida. Na medida em que as pessoas, como um par em sua individualidade, referem-se, são geradas coisas, proximidade, intimidade e são muitas vezes estimuladas pela semelhança e/ou desacordo entre eles e uma prática ocorre (reflexão e ação) que possibilita emergir da relação conjugal.
Em outras palavras, a relação conjugal é marcada por um aspecto da complexidade, instabilidade e intersubjetividade, uma vez que não é mais concebido como uma estrutura mecânica co-responsável e é entendida como sistemas intersubjetivos compostos por agentes conscientes e intencionais, inseridos em um contexto particular. Em que eles próprios e seus arredores, em uma interação comunicativa permanente e na construção de significados. Portanto, no relacionamento matrimonial é todo o fascínio e toda a dificuldade de ser um casal, um ato dramático e instável de duas pessoas diferentes com a demanda pela criação de uma realidade comum de interação, uma identidade relacionada conjugal, é dizer, um relacionamento. Isso envolve tensão entre as individualidades e valores compartilhados, posturas e cuidados.
De fato, a relação conjugada não é uma realidade simples e muito menos linear e não pode ser entendida por um “protocolo matematizável” por métodos de separação e redução de fenômenos. É uma realidade complexa, instável e intersubjetiva, uma vez que é formada pela múltipla e diferentes interações contínuas entre os casais na própria relação conjugal e com o contexto sócio-histórico, cultural e econômico em que são inseridos.
Na realidade brasileira, a construção da relação conjugal é ainda mais complexa e instável, bem como um paciente multiforme na intersubjetividade dos casais, como coexistem com vários fatores de complicação e estressante, socioeconômico, político e social, que tendem a influenciar, enfraquecendo e desafiando a experiência conjugal na dinâmica de acolhimento, aceitando e integrando a unidade e a dualidade ao longo do relacionamento. Em particular, desemprego, dependência de álcool e drogas, violência familiar, precariedade de habitação e especificações étnicas, culturais e religiosas.
Considere a complexidade, a instabilidade e a intersubjetividade do relacionamento conjugal significa que os “nós” construídos pelo casal não são reduzidos às suas individualidades, mesmo dependendo deles. O relacionamento não é na soma das individualidades, mas é um processo compartilhado e contínuo para dois que forma uma terceira realidade, isto é, o relacionamento conjugal. Permite a interação e geração de um elo relacional afetivo e eficaz, favorecendo que o casal, inserido em seu contexto sociocultural, assume, com certa disposição e compromisso, uma relação de intimidade e coexistência nas diversas experiências diárias, tendo em vista projeto. De estabilidade e continuidade comuns.
A construção da relação conjugal assume que cada membro do casal traz suas experiências, seus esquemas e concepções, bem como seus ideais e crenças, o que pode ser ativo ou latente. Os elementos individuais, de fato, influenciarão a vida do casal, dependendo do grau de participação das pessoas mais primitivas, esquemas e adaptabilidade. De qualquer forma, a relação conjugal será construída a partir da soma de habilidades individuais, estabelecendo um clima de cooperação e cumplicidade que fortalecerá a permanência do duo conjugal e, também, de cada pessoa, que pode ser satisfatória e direcionada ao crescimento. Por outro lado, quando a eleição é baseada em descrever e impondo esquemas, a relação será construída de maneira perturbada e repetitiva, tendendo a fortalecer esquemas nocivos e pensamentos distorcidos em relação à vida conjugal, que gera um clima de insatisfação e conflito, crônica.
Uma relação à dois em última análise, não e tarefa tão simples quanto parece, envolve muito aspectos individuais de formação de história de cada uma das partes envolvidas. Predispõem cada indivíduo, passar pelas primeiras fases de adaptação e rever todos os dias aspectos de seu contrato. Sim isto mesmo, contrato, do que das pessoas se escolherem para enfim formar um casal um dia.